segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tempero sutil



Um homem. Um açougueiro repousa seus olhos famintos num decote de uma mulher que ali espera. Sua altura possibilita uma visão ampla e profunda da linha que separa seus seios. Em suas circunferências pontiagudas imagina-se deliciar-se...

Devora-a com uma imaginação teoricamente possível. Visita os planos de sua consciência e nota que aquela universitária pode ser sua... Já conhece seus caminhos, sua ida constante ao mercado poderia ter relação com sua pessoa... Ela é a mulher especial, a carne rara e difícil de ser apreciada por mentes vazias.

Especial. Quero conhecer cada ponto de sua carne, provar, morder, temperá-la com um vinho nobre e clássico. Temperá-la com meu tempero. Deslizar-me pelo seu corpo misturando nossas carnes e nossos sabores. Provar a carna dos seus lábios e sugar uma outra que se agita em nossas bocas. União. União de duas entidades desejosas.

A pele morena brilha em exposição, os olhos transpassam um fogo. Aquele olhar sobre suas mãos, sobre sua barriga, sobre suas pernas... Um fogo que queima, assa e consome-se de desejos. Tal mulher o provoca.

2 comentários:

  1. Uauu!!
    E sem comentários para as mudanças de focalização... rsrsrs

    ResponderExcluir
  2. Belo post!!!

    Belo blog moça!!!

    Parabéns!!!

    Muito bom, voltarei por aqui mais vezes!!!

    Convidaria vc a conhcer, meu trabalho, meu blog (poesia, musica, teatro)

    Ficaria feliz!

    http://mailsonfurtado.com

    ResponderExcluir